sábado, 26 de novembro de 2011

Lembrando - isso não aconteceu!

Porque proibir o amor, quando ele, independente da forma, sempre será amor?
Foi isso o que eu perguntei a um colega em sala de aula, quando me disse que homossexualismo era pecado. Sem me olhar nos olhos, com um pensamento igual ao da maioria, ele me falou - está na Bíblia.
Então, olhando fixamente para seus olhos, pois eu sabia o que estava falando, retruquei - mas, lá está também escrito: amar ao próximo.
Meu colega permaneceu em silêncio, buscou respostas e sem me mostrar que as encontraria, retornei a falar - e Deus não nos ama, independete de qualquer coisa?
Ele, provavelmente, estava ainda procurando respostas, que inferiorizassem meus argumentos, que mostrassem sua razão, mas tudo o que conseguiu foi assumir - está.
Meu colega tentaria mais argumentos, mais palavras, mas eu estava tão pronta para devolvé-las, que nossa conversa ficou ali.
Voltando para casa, passei em uma padaria e haviam duas crianças brincando naquelas máquinas em que colocamos uma moeda e ganhamos algo. Um era um pouco maior e devia ter uns oito anos e o outro uns seis. O menor tirou o brinquedo melhor, enquanto o maior ficou com o pior. Porém, este, tomou das mãos do pequeno o brinquedo que nelas estava e disse - esse é meu.
O menor brilhou os olhos de tristeza, curvou os cantos da boca para baixo e disse - eu ganhei.
O maior gritou - sou mais velho.
O menor começou a chorar, uma mulher se aproximou e eu desfarcei não está reparando na cena.
Comprei o que tinha de comprar e voltei a caminhar para casa. Cheguei, tomei banho e preparei a janta, sem parar de pensar - até quando vamos achar que somos superior uns aos outros?


Todo nó é criado para um dia, talvez, ser deseito
Túneis sempre possuem fins
A luz está bem ali, você só não está a permitindo brilhar.

É que... costumo perder meu tempo registrando aquilo que jamais será perdido, poeticamente. A memória de uma fotografia.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aceito.

Perceber a mudança. Você está tão frágil que vai doer aceitar. Aceitar... levei tantos anos para aceitar o aceitar. Aceitar o que somos. Aceito o que você é e o que você é para mim. Aceito viver sem o que mais preciso, pois não preciso tanto assim. Vão existir palavras cruzadas que jamais serão feitas por mim. Mas eu aceito que elas estejam esperando o dia que irei preenché-las. Aceito toda maneira que existe do melhor/pior sentimento que há. Aceito criar expectativas, pois o hoje é apenas uma sala de espera para o amanhã. Uns topam fazer dessa sala algo a mais, outros esquecem até mesmo de esperar. E eu vou aceitar construir os sonhos antes mesmo que a obra comece. Sempre aceitei viver e um dia terei que aceitar morrer. Aceito esperar o seu abraço, mesmo que não exista tempo para isso. Aceito o tempo, a coisa que mais odeio nessa vida e em todas minhas reencarnações. Aceito o tempo, a coisa que mais amo nessa vida e em todas minhas reencarnações. Fecharem portas na minha cara, deletarem minhas mensagens, fingirem não me ouvir, rirem do que eu for fazer. Eu aceito e nem sei o motivo. Aceito não é ficar calada. Aceitar é mostrar soberania. Aceito é mais um termo usado em mais um texto que talvez não seja lido, mas eu aceito escrevé-lo, me faz bem. E o que eu não aceitar, é porque ainda não me mostraram um bom número de argumentos para que eu sinta desejo de contrariar.
Motivos pelos quais não estava postando aqui:
Falta de tempo;
Não escrevi nada que não estivesse relacionado com os meus estudos;
Pouco tempo que tive para escrever o que realmente gosto, dediquei ao meu livro;
E... ah!

Mas agora, tenho tempo sobrando, voltei a escrever o que gosto e bateu aquela vontade e compartilhar... então, vamos lá.

Acho que vou começar por, isso vai levar um bom tempo, tenho muito material para colocar aqui :)