segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Seria o ser algo além de toda sua construção social? Seria o social mais influenciador que a genética? Pensamos em resposta. Agimos em resposta. Vivemos em resposta, até quando não vivemos. E se vivemos, se respondemos, somos construídos por nossa formação social, resolvida no contorno dos nossos parentes, feito na sombra de nossos amigos, compartilhado com os vizinhos e refletido com os colegas. Existem os estranhos, mas até eles possuem espaços em nossa memória. Mas, para que as respostas sejam dadas precisamos de perguntas e elas são todas as pessoas com as quais convivemos (não necessariamente vivemos). Somos toda a resposta de tudo o que foi nos perguntado. O nosso passado é lindo de todas as formas. Se hoje você chora, um dia você sorriu. Mas se você é forte o suficiente para chorar, isso foi aprendido, ninguém ensinou. Se hoje você sorrir, isso, você aprendeu, vendo todos sorrirem ao seu redor. Somos o reflexo de tudo. Somos o máximo de absorção que conseguimos. E quem mais nos traria essas possibilidades, de hoje, estarmos assim ou aqui além do passado? Nunca haverá o hoje sem o ontem (óbvio). Nunca haverá amanhã sem hoje (não diga!) Então, reclamar de ontem não vai fazer o seu dia nascer melhor ou pior. Vai fazer você ser um resmungão. O dia amanhã vai nascer, para uns sim e para outros não, mas ele vai chegar. Não importa se a data que importa a você é o dia 23 de fevereiro ou simplesmente o próximo. Seus planos são apenas um passa tempo para sua mente enquanto você tem preguiça de viver o hoje e é medroso o suficiente para perceber sua história (passado). Mas você sempre estará a sentindo. Não se escrevem diários a toa. Não se criaram livros e filmes apenas por criarem. Precisavam de registros concretos mais que palavras. Ninguém daria tanta importância se guardar o passado não fosse tão significante. Não é por brincadeira que precisamos dos estudos de história para entendermos os 'pqs' da vida. Você precisa de histórias para contar. Você precisa buscar no seu passado tudo o que aprendeu para ser capaz de colocar em prática. Vai olhar e procurar onde errou para não errar novamente. Vai buscar momentos felizes para segurar a onda de quando estiver triste (existem masoquistas no mundo e não me contestem por isso, mas sempre existe o do contra). Irão erguer mais um brinde a algo que você não quer, mas sua taça estará cheia, até que queira beber o vinho da vitória, alheia ou sua. Não caia na fraqueza e beba esse vinho apenas por raiva, será como tomar o veneno do seu pior inimigo. Aquele que ele oferece, você faz cara feia, sabe que não vai gostar, sabe que vai sofrer, mas bebe... dizem que quanto antes a dor vir, melhor será. Mas, antes de beber essa última dose, lembre-se de sua história e se vai valer a pena deixar tudo sem o fim mais belo, até quando ele não termina como você queria, mas sempre terminará como Alguém ali quer ;) Vai valer ter passado por tudo isso e se entregar por preguiça de viver, por medo? Você já ganhou de presente sua vida e ainda está pedindo mais?

Um comentário:

  1. Acho que sou uma resposta incoerente das perguntas que me fazem, kkkkkkkkk. Mentira, foi só pra descontrair.

    Se bem entendi, "se a maré levou, vamos nadar". (esse é o ponto em que prefiro não me aprofundar)

    Bom, mas continuando o raciocínio do texto – a meu entender. Querendo ou não, a gente cede aos caprichos da sociedade em que vivemos, o bacana é que chega uma hora em que você vive aquilo conscientemente, e não no empurrão. E nisso cabe a escolha de permanência ou mudança. O que mais pesa na decisão? Justamente a opinião da sociedade. E, quando eu me refiro a sociedade, não falo de fulano alheio e sim do nosso ninho, da nossa família, nossos amigos, antes mesmo de nós mesmos. Existiria em nós uma “solidariedade” interna ou isso é medo?
    Bom, cada caso é um caso, só acho que ninguém vive só pra si, todo mundo quer provar pro mundo que é bom em alguma coisa, quer ser aplaudido. A gente realiza metas anteriormente traçadas, porque queremos sentir o prazer da conquista, mas só sentimos isso, de fato, porque temos a quem provar que conseguimos. E isso vale pra todas as decisões de nossa vida, vivemos em função do outro. Isso me custa admitir.

    “Seus planos são apenas um passa tempo para sua mente enquanto você tem preguiça de viver o hoje e é medroso o suficiente para perceber sua história”. Só falta a gente lembrar que tudo foi ponte, quando isso acontece, deixamos de lado o temor e resgatamos nossa história. O tompo dói tão menos e a realidade é tão melhor que a ilusão do amanhã...

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